Cirurgia de Boca.
A boca é uma região fundamental do nosso organismo, responsável por funções essenciais como fala, mastigação e deglutição. No entanto, ela pode ser acometida por diversas lesões suspeitas ou tumores malignos e benignos, exigindo avaliação especializada e, em muitos casos, a remoção cirúrgica para garantir a saúde e a segurança do paciente.
Foco na remoção completa de lesões, sempre buscando preservar ao máximo as funções e a estética bucal. O procedimento pode variar conforme a natureza e a extensão da lesão:
✅ Lesões benignas: como fibromas, cistos e papilomas, que costumam ter crescimento lento e são removidos para evitar desconfortos ou complicações.
✅ Lesões malignas: como carcinomas, que exigem abordagem mais ampla para garantir margens livres de doença e reduzir o risco de recidiva.
A técnica cirúrgica utilizada depende da localização e do tamanho da lesão, podendo incluir:
🔹 Remoção local da lesão com margem de segurança.
🔹 Reconstrução da área, quando necessário, para preservar a estética e a funcionalidade.
🔹 Avaliação e remoção de gânglios linfáticos (linfadenectomia), em casos de tumores malignos que possam se espalhar.
Além do procedimento cirúrgico, a Dra. Sheila de Sá atua em parceria com uma equipe multidisciplinar para oferecer o melhor tratamento ao paciente, considerando sempre as opções de reabilitação e suporte pós-operatório.
O acompanhamento pós-cirúrgico é essencial para garantir uma boa cicatrização, retorno das funções bucais e qualidade de vida. Caso necessário, podem ser indicados tratamentos complementares como radioterapia ou quimioterapia.
Se você tem uma lesão na boca ou deseja obter um diagnóstico seguro e especializado, agende sua consulta com a Dra. Sheila de Sá para avaliação personalizada e tratamento de excelência.
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A maxilectomia é um procedimento cirúrgico realizado para remover parcial ou totalmente o osso maxilar, localizado na região central da face, entre os olhos e a arcada dentária superior. Essa cirurgia é indicada, principalmente, para o tratamento de tumores malignos ou agressivos que acometem a cavidade nasal, seios paranasais (especialmente o seio maxilar), palato duro, órbita ocular e estruturas adjacentes.
A maxilectomia é indicada nos seguintes casos:
Carcinoma espinocelular, adenocarcinoma, melanoma mucoso, entre outros tumores malignos da face média;
Tumores benignos agressivos, como ameloblastoma, osteossarcoma ou fibroma ossificante;
Lesões extensas que comprometam a estrutura do osso maxilar e tecidos vizinhos;
Necessidade de ressecção oncológica com margem de segurança.
A extensão da cirurgia depende da localização e do tamanho do tumor. Entre os principais tipos, destacam-se:
Maxilectomia medial: envolve a parte medial (interna) do osso maxilar, preservando parte da parede lateral.
Maxilectomia parcial: remove apenas uma parte do osso maxilar comprometido.
Maxilectomia total: resseca completamente o osso maxilar de um lado da face.
Maxilectomia radical com exenteração orbital: indicada quando há invasão da órbita ocular, necessitando remoção do globo ocular.
Maxilectomia com preservação do globo ocular: possível quando o tumor está próximo à órbita, mas sem invadi-la.
A cirurgia pode ser realizada por via aberta (com incisões externas na face ou cavidade oral) ou por técnicas menos invasivas, como abordagens endoscópicas em casos selecionados. O objetivo é garantir a remoção completa do tumor com margens livres de doença, respeitando ao máximo as estruturas funcionais e estéticas da face.
Após a ressecção, a reconstrução da região operada é fundamental para restaurar:
A função respiratória, mastigatória e de fonação;
A estética facial;
A separação entre cavidade oral e nasal, quando o palato duro é afetado.
As técnicas de reconstrução incluem:
Próteses obturadoras (em casos menos extensos);
Retalhos microcirúrgicos (como o retalho de fíbula ou retalho anterolateral da coxa), que permitem a reconstrução óssea e de tecidos moles de forma funcional e estética.
O pós-operatório requer acompanhamento multidisciplinar, envolvendo:
Cirurgião de cabeça e pescoço;
Oncologista;
Odontologia especializada em próteses;
Fonoaudiologia;
Fisioterapia;
Psicologia.
Também pode ser necessário tratamento complementar com radioterapia ou quimioterapia, dependendo do tipo e estágio do tumor.
O prognóstico da maxilectomia varia conforme o tipo histológico do tumor, extensão da doença e sucesso na obtenção de margens cirúrgicas livres. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível alcançar bons resultados oncológicos e qualidade de vida.
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A glossectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção parcial ou total da língua, geralmente indicado no tratamento de tumores malignos da cavidade oral, especialmente o câncer de língua. É uma cirurgia complexa que exige planejamento cuidadoso e abordagem multidisciplinar para garantir a remoção completa da lesão e preservar, na medida do possível, as funções essenciais da fala, mastigação e deglutição.
A glossectomia é indicada, principalmente, em casos de:
Câncer de língua em estágio inicial ou avançado;
Tumores recorrentes resistentes a outros tratamentos;
Lesões pré-malignas extensas;
Necessidade de margem de segurança oncológica em cirurgias ressecativas.
A decisão pelo tipo de glossectomia depende da extensão e localização do tumor, podendo ser classificada em:
Glossectomia parcial: remoção de uma parte da língua, geralmente indicada em tumores menores e localizados.
Glossectomia subtotal: envolve uma remoção mais extensa da língua, mas ainda preserva parte significativa do órgão.
Glossectomia total: remoção completa da língua, indicada em tumores muito avançados, geralmente acompanhada de reconstrução com retalhos microcirúrgicos.
Antes do procedimento, o paciente passa por uma avaliação completa, que pode incluir:
Exames de imagem (como tomografia, ressonância magnética e PET-CT);
Biópsia da lesão;
Avaliação da função da fala e deglutição;
Acompanhamento com equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e oncologista).
A glossectomia é realizada sob anestesia geral e, dependendo da complexidade, pode exigir a reconstrução da língua ou do assoalho bucal com retalhos de outras regiões do corpo, como o antebraço ou a coxa. O objetivo é preservar o máximo possível da função oral e estética, garantindo margens cirúrgicas livres de tumor.
Muitas vezes, a glossectomia é acompanhada de esvaziamento cervical, que é a retirada dos gânglios linfáticos do pescoço para prevenir ou tratar metástases.
O período pós-operatório exige cuidados intensivos, incluindo:
Monitoramento da via aérea, muitas vezes com necessidade de traqueostomia temporária;
Nutrição por sonda nasogástrica até que o paciente esteja apto a se alimentar por via oral;
Reabilitação fonoaudiológica para readequar a fala e a deglutição;
Apoio psicológico para lidar com as mudanças na imagem corporal e qualidade de vida.
A recuperação varia conforme a extensão da cirurgia e o estado geral do paciente, mas o acompanhamento contínuo é fundamental para detectar possíveis recidivas e otimizar os resultados funcionais e estéticos.
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A mandibulectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de parte ou de toda a mandíbula.
Este procedimento é realizado para o tratamento de tumores benignos ou malignos que afetam a mandíbula, osteomielite refratária (infecção óssea crônica) ou, em casos mais raros, para correção de deformidades graves. A extensão da mandibulectomia (parcial ou total) depende da natureza e da extensão da doença a ser tratada, sendo cuidadosamente avaliada para cada paciente.
Indicações:
A mandibulectomia pode ser indicada nas seguintes situações:
Como é Realizada:
A mandibulectomia é um procedimento complexo que requer planejamento cirúrgico meticuloso e geralmente é realizado sob anestesia geral. A duração da cirurgia pode variar significativamente dependendo da extensão da ressecção e da necessidade de procedimentos reconstrutivos simultâneos. Os passos gerais da mandibulectomia incluem:
Preparo e Posicionamento: O paciente é posicionado na mesa cirúrgica de forma a otimizar o acesso à área da cabeça e pescoço. A área cirúrgica é cuidadosamente limpa e preparada.
Incisão Cirúrgica: O cirurgião realiza uma ou mais incisões na pele do pescoço e/ou dentro da boca, dependendo da localização e extensão da lesão a ser tratada e da necessidade de acesso para a ressecção e eventual reconstrução. O tipo e a localização da incisão são planejados para minimizar cicatrizes visíveis e otimizar o acesso cirúrgico.
Exposição da Mandíbula: Os tecidos moles (pele, músculos, nervos e vasos sanguíneos) são cuidadosamente dissecados para expor a porção da mandíbula que precisa ser removida. Nervos importantes, como o nervo facial e o nervo alveolar inferior (responsável pela sensibilidade do lábio inferior e dos dentes inferiores), são identificados e preservados sempre que possível durante o procedimento.
Ressecção da Mandíbula: Utilizando serras cirúrgicas e outros instrumentos especializados, a porção planejada da mandíbula é cuidadosamente seccionada e removida. A extensão da ressecção é determinada com base nos exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética) e na avaliação intraoperatória para garantir a remoção completa da doença com margens de segurança adequadas. A ressecção pode variar desde uma pequena porção (mandibulectomia segmentar) até a remoção de toda a mandíbula (mandibulectomia total). Em alguns casos, pode ser necessária a remoção de tecidos moles adjacentes, como músculos, mucosa oral ou linfonodos cervicais (esvaziamento cervical), se houver suspeita de envolvimento tumoral.
Reconstrução (Opcional): Dependendo da extensão da mandibulectomia, pode ser necessário realizar a reconstrução da mandíbula para restaurar a forma, a função e a estética facial. As opções de reconstrução incluem:
Fechamento: Após a ressecção e a eventual reconstrução, os tecidos moles são cuidadosamente suturados em camadas. Se foram realizadas incisões no pescoço, estas também são fechadas com suturas e, em alguns casos, podem ser colocados drenos para remover fluidos que possam se acumular na área operada. Se a incisão foi intraoral, as suturas são realizadas com fios absorvíveis.
Cuidados Pós-operatórios: O paciente é encaminhado para a sala de recuperação e monitorado de perto. O manejo da dor é essencial. A dieta geralmente é líquida ou pastosa inicialmente, progredindo gradualmente conforme a tolerância do paciente. Cuidados com a higiene oral são importantes para prevenir infecções. Em casos de reconstrução com retalhos microcirúrgicos, o monitoramento do fluxo sanguíneo para o retalho é crucial nas primeiras 24-48 horas. A fisioterapia pode ser necessária para ajudar na recuperação da função da mandíbula e da fala.
Pós-operatório:
O período pós-operatório da mandibulectomia pode variar dependendo da extensão da cirurgia e da necessidade de reconstrução. Alguns aspectos importantes incluem:
Resultados Esperados:
Os resultados esperados da mandibulectomia dependem da indicação do procedimento. No caso de tumores, o objetivo principal é a remoção completa da doença, o que pode impactar significativamente o prognóstico do paciente. A reconstrução, quando realizada, visa restaurar a forma e a função da mandíbula, melhorando a qualidade de vida do paciente em termos de fala, mastigação e estética facial.
Considerações Importantes:
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A palatoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir malformações congênitas do palato (céu da boca), como ocorre nos casos de fissura palatina. Essa condição compromete a separação entre as cavidades oral e nasal, podendo causar dificuldades na alimentação, fala, respiração e infecções recorrentes no ouvido.
O principal objetivo da palatoplastia é restabelecer a integridade anatômica e funcional do palato, possibilitando uma fala mais clara, melhora na deglutição e prevenção de complicações otorrinolaringológicas. A cirurgia também visa facilitar o desenvolvimento normal da arcada dentária e das estruturas faciais.
O procedimento é realizado sob anestesia geral. Durante a cirurgia:
São realizadas incisões cuidadosamente planejadas ao longo do palato.
A mucosa e os músculos do palato são reposicionados e suturados, fechando a abertura entre as cavidades nasal e oral.
Em alguns casos, é necessário realizar enxertos musculares para reconstrução funcional da musculatura do véu palatino, importante para a fala.
A cirurgia pode ser combinada com faringoplastias em casos específicos, visando melhorar ainda mais a função da fala.
O pós-operatório requer cuidados específicos:
Dieta líquida ou pastosa nos primeiros dias;
Higiene oral rigorosa para evitar infecções;
Uso de analgésicos e antibióticos conforme prescrição médica;
Acompanhamento com fonoaudiólogo, quando necessário, para reabilitação da fala.
A maioria dos pacientes apresenta significativa melhora na função da fala e deglutição, além da redução de infecções e melhora na qualidade de vida. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para o sucesso do tratamento a longo prazo.